Vícios opostos às Virtudes de Humildade.
12.Altivez
A altivez é filha do orgulho e da soberba, sempre acompanhada pelo mais rebuscado amor-próprio. É um vício bastante desagradável que eleva o
Coração humano sobre os demais, levando-o a desprezar os irmãos. É contrário à caridade e causa à alma grandes males de todo tipo. A altivez do coração afugenta a graça do Espírito Santo, cuja falta mergulha a alma num caudal cheio de vícios. Para a alma altiva, tudo é pequeno e indigno dela.
No mundo, há confusão entre nobreza e altivez, duas coisas mui distintas.
Falo de nobreza de sentimentos e não de sangue, que entre essas também há muita diferença, pois nobres há com títulos mas sem nobreza de coração (mesmo que, frequentemente, uma acompanha a outra), enquanto pessoas há sem títulos mas com alma nobre dos mais finos e delicados sentimentos.
A verdadeira nobreza encontra-se nas virtudes. Uma alma que as pratique, possui a verdadeira nobreza. Nesse sentido, a nobreza é uma virtude.
A altivez, pelo contrário, em qualquer caso, é um vício detestável que traz em suas veias o sangue do orgulho e da soberba.
Um coração altivo será humilhado. Um coração humilde será glorificado e cumulado de dons e graças.
A altivez é detestada por Deus, a quem agradam humildade, bondade e benignidade. Acerca-se das almas que não temem rebaixar-se em demasia e não se atribuem valor algum. A essas almas Jesus procura, ama e se comunica.
A altivez se cura com a prática constante das mais baixas e repugnantes humilhações perpetradas pelo próprio demônio na alma valente desejosa de servir-Me e santificar-se. As forças para a aplicação desse remédio encontram-se
na oração.