Vícios opostos às Virtudes de Humildade
8. Amor-próprio
O amor-próprio é digno filho da soberba e do orgulho; amigo íntimo, familiar e amante da hipocrisia. Traz em si, refinadas e escondidas, todas as más qualidades de seus pais, e não deixa nada são no coração humano infectado por essa peste. São espantosos os inúmeros males, causados no coração humano por esse vício infame, que se cobre com mil disfarces e brilhos.
Procede de Satanás, que é a fonte de todo mal, e tem sua mesma fisionomia e seu semblante.
O amor-próprio consiste numa refinada e delicadíssima soberba, que tem aparência de discrição, prudência, necessidade, honra ofendida e outros mil pretextos com que adoça seu veneno.
Entra com a mesma liberdade e descaso no coração do santo e do perverso.
É moeda de vários cunhos, que corre e circula por toda parte e em muitas direções. A excecão de Maria, que jamais teve a menor mancha, na terra quase não há ser humano imune a esse vício hipócrita e traidor.
O amor-próprio é um miasma fétido que corrompe as acões do homem e até seus atos internos com que se volta a Mim: de meritórios e inocentes, os torna ofensivos e dignos de reprovação e castigo.
O amor-próprio é um verme roedor que destrói as obras do homem e derruba torres de santidade, minando suas fundações.
Muitos apóstatas, muitas almas grandes que venceram a íngreme montanha da perfeição, caíram, mais tarde, no mais profundo abismo dos vícios por culpa do amor-próprio, origem de lamentáveis desgraças.
Essa maldita soberba, disfarçada, pouco a pouco destruíra o edifício, até derrubá-lo e transformá-lo em ruínas e lenha seca para o inferno.
O amor-próprio, aparentemente, é um mal pequeno, mas de fato é um mostro que devora milhares de coracoes.
O amor-próprio é um ladrão que rouba os méritos da alma, desvirtuando seus atos e valores: é o veneno que estraga os frutos do espírito e tira o brilho das mais nobres virtudes. É a praga que assola os campos da vida espiritual, destruindo ou, ao menos, manchando tudo quanto toca, a fim de causar-lhe um dano. É o vício que põe a perder as comunidades. Enfim, é o inimigo e adversário da humildade, do sacrifício, da abnegação e da dor.
O amor-próprio detesta a pobreza,a mortificação, a penitência, e foge de toda pena, sofrimento e Cruz. O amor-próprio foge da Cruz e do Crucificado; consequentemente, de todo o bem, pois a alma que se separa da Cruz e a rejeita, separa-se de Jesus e o rejeita.
O amor-próprio, instintivamente, busca satisfazer sua sede de todas as formas e maneiras possíveis, sem se importar com os meios utilizados para alcançar seu fim.
É insaciável em suas aspirações. Nas almas mais tolerantes, é mais desmedido,dominando-as por completo e estabelecendo nelas seu reinado.
Comodidade, indolência, preguiça e delicadeza são frutos dessa árvore podre que é o amor-próprio. A sensualidade é seu assento: nela cresce, se desenvolve, se impõe e acaba por reinar abertamente com uma crescente soberba, sua companheira.
O amor-próprio faz estragos incalculáveis no homem. Desgraçada a alma que se deixa surpreender nas pequenas coisas por esse monstro disfarçado: mais tarde, ele impor-se-á com seus rugidos. Sem uma graça muito especial e grande, será impossível à alma dominá-lo e destruí-lo.
O amor-próprio é um mar tempestuoso que anda à solta pelo mundo. Na vida espiritual, é um mar calmo, porém sempre mar. Ainda que na superfície pareça tranquilo, no fundo rugem e se debatem as ondas de milhares de secretas paixões.
Seu campo mais cobiçado é o da vida espiritual, onde junta seus melhores frutos e colheitas mais finas.
Têm amor-próprio as almas que buscam a si mesmas e não renunciam a si por completo. Levam em seu íntimo uma legião de falsas perfeições e santidades, que Satanás introduziu junto ao mais refinado amor-próprio, as almas que, hipocritamente, se dizem indignas, vis e miseráveis; as que se detêm interiormente a contemplar seus triunfos e conquistas; as que, com ternura e satisfação, se admiram; as que, no mais oculto do coração, construíram um trono em que, de quando em quando, sobem a contemplar-se e deleitar-se consigo mesmas.
Tem amor-próprio toda alma que não morre a si mesma, que não se rebaixa e humilha, que não se despreza e não foge até da sua própria sombra.
A alma que não se decide, com firmeza e constância, a lutar e morrer antes que deixar-se vencer,valendo-se dessas armas poderosas que ferem e sangram, ficará presa a seu amor-próprio, sem nunca alcançar o cume da perfeição.
O profundo desprezo de si e o martírio constante dominam em seu nascer, por pequena que seja, toda e qualquer rebelião da alma, vencendo sempre sua soberba e orgulho; eliminam, desde logo, qualquer movimento de autocomplacência; pelo conhecimento de si mesmo e a vigília constante, previnem a menor turbulência do coração. Tudo isso derrota e destrói o amor-próprio.
E se,numa alma assim dominada, de vez em quando aparecer algum vestígio de amor-próprio,será tão débil, que, longe de causar algum dano, servirá a essa alma para humilhar-se mais e mais, e viver em constante vigilância a fim de não ser surpreendida e desbaratada. São esses os remédios do amor-próprio. Certamente remédios que doem, que exigem firme disposição para o combate e uma alma valente e generosa, Almas frouxas e preguicosas ficarão submergidas no amor-próprio e continuarão suas quedas intermináveis no mar profundo da soberba.
Ao debilitar e destruir o amor-próprio, triunfa-se de muitos e muitos vícios. Todos eles, em maior ou menor grau, carregam-no junto à soberba e ao orgulho. Essa tríade execrável inunda o mundo, infectando as almas com seu sopro peçonhento.
A Cruz esmaga e destrói o amor-próprio.O amor intenso, inflamado pela dor, move-lhe guerra, purificando as almas e derrocando-o do seu trono. A dor dá a Cristo a glória que Satanás lhe tira e destrói o reinado do amor-próprio.
Seu campo mais cobiçado é o da vida espiritual, onde junta seus melhores frutos e colheitas mais finas.
Têm amor-próprio as almas que buscam a si mesmas e não renunciam a si por completo. Levam em seu íntimo uma legião de falsas perfeições e santidades, que Satanás introduziu junto ao mais refinado amor-próprio, as almas que, hipocritamente, se dizem indignas, vis e miseráveis; as que se detêm interiormente a contemplar seus triunfos e conquistas; as que, com ternura e satisfação, se admiram; as que, no mais oculto do coração, construíram um trono em que, de quando em quando, sobem a contemplar-se e deleitar-se consigo mesmas.
Tem amor-próprio toda alma que não morre a si mesma, que não se rebaixa e humilha, que não se despreza e não foge até da sua própria sombra.
A alma que não se decide, com firmeza e constância, a lutar e morrer antes que deixar-se vencer,valendo-se dessas armas poderosas que ferem e sangram, ficará presa a seu amor-próprio, sem nunca alcançar o cume da perfeição.
O profundo desprezo de si e o martírio constante dominam em seu nascer, por pequena que seja, toda e qualquer rebelião da alma, vencendo sempre sua soberba e orgulho; eliminam, desde logo, qualquer movimento de autocomplacência; pelo conhecimento de si mesmo e a vigília constante, previnem a menor turbulência do coração. Tudo isso derrota e destrói o amor-próprio.
E se,numa alma assim dominada, de vez em quando aparecer algum vestígio de amor-próprio,será tão débil, que, longe de causar algum dano, servirá a essa alma para humilhar-se mais e mais, e viver em constante vigilância a fim de não ser surpreendida e desbaratada. São esses os remédios do amor-pró-prio. Certamente remédios que doem, que exigem firme disposição para o combate e uma alma valente e generosa, Almas frouxas e preguicosas ficarão submergidas no amor-próprio e continuarão suas quedas intermináveis no mar profundo da soberba.
Ao debilitar e destruir o amor-próprio,triunfa-se de muitos e muitos vícios. Todos eles, em maior ou menor grau, carregam-no junto à soberba e ao orgulho. Essa tríade execrável inunda o mundo, infectando as almas com seu sopro peçonhento.
A Cruz esmaga e destrói o amor-próprio.O amor intenso, inflamado pela dor, move-lhe guerra, purificando as almas e derrocando-o do seu trono. A dor dá a Cristo a glória que Satanás lhe tira e destrói o reinado do amor-próprio.
A dor faz com que a alma busque e ame a Cristo; e a alma que ama deveras a Cristo se aborrece de si mesma. Nesse feliz aborrecimento e ódio santo de si mesmo está a morte do amor-próprio. Na Cruz está sua completa derrota.
Bem-aventurada a alma que a ela se abraca e recorre. Nela cravada, morre a si mesma para ressuscitar em Mim e viver tão somente a vida divina da graca. A alma ditosa que agir assim, começará na terra uma vida de puro e santo amor que continuará, mais tarde, na eternidade.