Segunda Família de Virtudes
13.Condescendência reta
A condescendência pode ser uma virtude e também um vício. Nasce da abnegação prudente. Sua finalidade é conservar ou garantir a paz. Além de prudente, precisa ser oportuna, para cumprir sua missão e evitar o mal.
Trata-se de uma virtude muito difícil de ser compreendida e praticada, como é o caminhar num terreno íngreme.
Sua vida é o sacrifício de si mesmo, pois, quase sempre, implica uma
violência ao coracão, no que diz respeito ao espírito e à vida interior, é ainda mais difícil, embora só em poucos casos se pode e se deve usar dela.
Seu oponente é a comodidade. Sua finalidade é evitar os males. Seu apoio é a retidão. Seus principais inimigos, a debilidade e a imprudência. Em certos
casos, ainda que poucos, a condescendência é indispensável; em outros, é tolerável; na maioria dos casos, é perigosa.
Esses casos devem ser ponderados com prudência com base no critério da oportunidade, sempre em espírito de oração. A condescendência, quando praticada com todos esses cuidados, é segura e santa.
É uma grande virtude. Quantas vezes Eu a exercitei durante Minha passagem pela terra!