3.Pobreza espiritual perfeita
Na primeira bem-aventurança, Eu louvo a pobreza espiritual perfeita e menciono o prêmio de que é merecedora a alma que a possui. O reino dos céus pertence mil vezes mais aos que exercem a pobreza espiritual que aos que exercem a pobreza material. Os pobres em espírito são os que devolvem os dons a seu Dador, renunciando totalmente a eles. São os que morrem à sua própria vontade, para viver tão somente da Minha. Deles é o reino dos céus, e dos obedientes, que, ao se dobrarem, triunfam. Os obedientes cantarão vitória no reino eterno dos céus.
A pobreza e a obediência espiritual perfeita são irmãs e possuem o reino dos céus. Bem-aventuradas as almas pobres e obedientes!
Isso não é mais que um ato de justiça, pois quem renuncia a si, Me tem a Mim. Quem dá tudo o que tem, Me tem a Mim. Quem morre a si mesmo, ressuscita em Mim. Quem nada tem, tem Tudo. E esse Tudo sou Eu mesmo.
Minha liberdade é muito grande, já que, em troca de um pouco de terra, dou um céu. A alma criada que se doa, o próprio Deus incriado doa-se a ela.
Quem poderá medir a distância que há entre Deus e sua criatura? Ao olhar a dádiva criará, o assombro. A admiração chegará a seu cume para quem puder vislumbrar em que consiste o eterno prêmio do Meu reino infinito.
Bem-aventurada a alma que possuir essas virtudes espirituais perfeitas! Não sabe o Oásis os tesouros de que dispõe. O mundo ignora esta última perfeição, que é praticável e ascende ao céu, até chegar a possuí-lo.