Vícios Opostos às Virtudes de Recolhimento
3.Frivolidade (parte 1)
A frivolidade é filha da leviandade e da veleidade. Vaidade e vanglória rodeiam-na. A instabilidade é seu cerne. Vive a alma frívola num vai e vem de pretensões volúveis e vãs, que jamais a enchem e satisfazem, Vive no vazio de um mundo cujos efémeros prazeres não são os que Deus criou para enchê-la e satisfazê-la.
Almas frívolas saltam de flor em flor, quais borboletas, sem agradar nem agradar-se, sem satisfazer nem satisfazer-se. Passam uma vida vã, desgraçada, quais joguetes de Satanás e dos vícios.
A inconstância é o apoio da alma frívola; a imaginação torna-a sua presa, pintando, ante seus olhos, horizontes dourados que jamais se realizam, ilusões rosadas que logo se desfazem em fumaça. Pobres almas as que se abandonam à frivolidade! Jamais se firmam na solidez da vida espiritual, pois o terreno que pisam é inconsistente, sempre exposto aos mais terríveis desastres! Nunca agradam a almas frívolas o descanso, a tranquilidade e a paz.