A Quarta Dor de Maria
Maria encontra-se com Jesus
a caminho do Calvário
Quanto mais era o Seu amor por Ele, maior era a Sua dor ao vê-Lo naquele sofrimento, especialmente quando Ela O encontrou na via dolorosa, arrastando a Sua cruz até ao lugar da execução. Esta é a quarta dor em que devemos meditar.
Meditação
“Ó Mãe dolorosa,” exclamou S. João, “O Vosso Filho já foi condenado à morte; já partiu pelo caminho do Calvário, carregando a Sua cruz. Vinde, se desejais vê-Lo e dizer-Lhe adeus, quando Ele passar pelas ruas.” Maria acompanha S. João. Enquanto esperava que o Seu Filho passasse, quanto não terá Ela ouvido os fariseus (e os seus associados) dizer contra o seu amado Filho, e talvez mesmo troças contra Ela própria! Que imagem terrível, ver passar os cravos, os martelos, as cordas e todos os instrumentos fatais que iriam pôr fim à vida do Seu Filho! Mas agora os instrumentos e os algozes já passaram. Maria levantou os olhos e viu, meu Deus!, um homem novo, coberto da cabeça aos pés de sangue e de feridas, com uma coroa de espinhos na cabeça, a carregar aos ombros dois pesados madeiros. Olhou para Ele, mas mal O reconheceu. As feridas, as contusões e o sangue seco davam-Lhe a aparência de um leproso, de tal modo que não podia ser reconhecido. Segundo Santa Brígida, Jesus limpou o sangue seco que O impedia de ver Maria. A Mãe e o Filho olharam um para o outro. E os Seus olhares eram como flechas que trespassavam aqueles corações que se amavam tão ternamente. Embora a visão do Seu Filho moribundo Lhe custasse uma dor tão amarga, Maria não o deixou. A Mãe também levou a Sua cruz e seguiu-O, para ser crucificada a Seu lado. Lamentemo-La, e acompanhemo-La e ao Seu Filho carregando com paciência a cruz que Nosso Senhor nos impõe.
Um Pai Nosso … Sete Ave Marias …