Via Sacra – Décima Primeira Estação

Décima Primeira Estação
Jesus é pregado na Cruz

† Nós Vos adoramos, Senhor, e Vos bendizemos!
Porque pela Vossa Santa Cruz redimistes o mundo!

Mas chegou a hora e, estendendo-Me sobre a Cruz, os algozes pegam Meus braços e esticam para que cheguem aos furos, feitos nela… Todo o Meu Corpo se quebranta, balança-se de um lado a outro e os espinhos da coroa penetram em Minha cabeça, ainda mais profundamente. Ouvi a primeira martelada que prega Minha mão direita… ressoa até as profundezas da terra. Ouvi ainda… já pregam Minha mão esquerda e, ante semelhante espetáculo, os Céus se estremecem, os Anjos se prostram. Eu guardo o mais profundo silêncio.
Nem uma queixa, nem um gemido escapa de Meus lábios, mas Minhas lágrimas se mesclam com o sangue que cobre Meu rosto. Assim que cravaram as mãos, pegam cruelmente os pés… As chagas se abrem, os nervos se rompem em Minhas mãos e braços… os ossos se desconjuntam… A dor é intensa! Meus pés são traspassados e Meu Sangue banha a terra!…
Contempla teu Jesus, estendido sobre a Cruz, sem poder fazer o menor movimento… despido, sem fama, sem honra, sem liberdade… Tudo Lhe foi tirado! Não há quem se
apiede e se compadeça de Sua dor! Só recebe tormentos, escárnios e zombarias!

Não são os cravos que me pregam, mas o amor! Por isso, de meus lábios não sai nenhum lamento, nenhum suspiro. Vocês estão pregados na Cruz e são pregados pelos cravos. Não lamentem. Não murmurem quando estes cravos benditos lhes dilaceram as mãos e os pés. Venham e beijem os meus. Aqui encontrarão a força.”

† Oh Jesus obedientíssimo, manso e humilde de coração, tende piedade de nós!

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